Eis me aqui...

Eis me aqui...
Ok..31 anos atrás eu era assim...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

25 de maio - Dia Internacional e Distrital das Crianças Desaparecidas

Ontem estive no II Encontro Distrital de Crianças e Adolescentes Desaparecidos...o nome ficou horrível, uma vez que se estão desaparecidas não há um encontro com elas...mas enfim...fui convidada para falar sobre os avanços (e estagnações) da Carta de Brasília, confeccionada em 2005 no Encontro da Redesap( Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos). Fiquei muito emocionada ao ouvir o depoimento das mães de Luziânia, que recentemente encontraram seus filhos mortos após 3 meses de procura e o monstro que cometeu o crime supostamente se suicidou em uma delegacia de Goiás. Elas ainda estão em busca de respostas e não acreditam neste suicídio e nem que este monstro atuou sozinho. Essa é mais uma luta...encontrar crianças e adolescentes que somem todos os dias do seio de suas famílias...Essas mães de Luziânia estão se organizando e possivelmente criarão uma ONG para apoiar outras mães no modelo de tantas outras mães de São Paulo, Belo Horizonte e outras capitais. Me dispus a ser voluntária nessa luta, que se tornou minha durante a pesquisa de minha dissertação de mestrado, onde pesquisei a reestruturação de famílias com um filho desaparecido. Também sou mãe e este sofrimento de perder um filho, essa ambiguidade de sentimentos e pensamentos sobre o possível paradeiro destas crianças me comoveu e me moveu para essa luta. Em agosto acontecerá o III Encontro Nacional da RedeSap, onde serão discudidos os avanços nos Estados do Brasil sobre essa temática, bem como propostas de enfrentamento a essa temática. Espero que o DF tenha a sensibilidade de me convidar para esse evento, tendo em vista que minha pesquisa reflete a realidade de minha cidade e pelo fato de estar diretamente ligada no atendimento e apoio a estas famílias que sofrem tanto. Vamos aguardar!

Maio, um mês de lutas II


Não teve jeito...passei uns dias sem nem ligar o computador...tantos eventos, tantas lutas... no dia 16 de maio houve um grande evento no Parque da Cidade aqui em Brasília...foi maravilhoso e emocionante...durante a semana os eventos pipocaram no DF e a luta contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e adolescentes não foi esquecida! "Esquecer é permitir, lembrar é combater!" Seguem fotos do evento no Parque:
Olha eu aí..única foto em que apareço...graças a uma amiga que resolveu me fotografar...a fotógrafa nos eventos nunca aparece!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dia da Família

Nossa...com tantas comemorações e lutas em maio eu já ia me esquecendo do Dia da Família!

O dia 15 de Maio foi decretado como Dia Internacional da Família pela Assembléia Geral da ONU, através da resolução n0 47/237 de 20 de Setembro de 1993, com o intuito de chamar a atenção de todo o mundo para os direitos e responsabilidades da família, bem como para enfatizar a importância dessa na vida da pessoa. O dia 15 Maio foi consagrado no ano de 1994, ano em que a comunidade internacional comemorou o Ano Internacional da Família que visava atrair a sociedade para os problemas familiares, e a melhora da capacidade institucional para enfrentá-los, através de políticas globais. Os principais problemas que chamam a atenção para a ação dos poderes públicos são: alterações das estruturas familiares, envelhecimento da população, aumento das migrações, pandemia da AIDS, globalização. Penso que a violência intrafamiliar também deveria fazer pauta nessas agendas públicas, uma vez que para mim esse é hoje o maior problema dentro das famílias, sejam elas de diferentes configurações!


Viva a sua, a minha e a nossa família! Vamos aproveitar a data para a reflexão de nossos problemas dentro deste maravilhoso sistema vivo!


Oração da Família
Que nenhuma família comece em qualquer de repente.


Que nenhuma família termine por falta de amor.
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente.
E que nada no mundo separe um casal sonhador.


Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte.
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois.
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte.
Que eles vivam do ontem, no hoje em função de um depois.

Que a família comece e termine sabendo onde vai.
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.
E que os filhos conheçam a força de onde brota o amor.

Que marido e mulher tenham força de amar sem medida.
Que ninguém vá dormir sem pedir ou dar seu perdão.
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida.
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.

Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos.
Que o ciúme não mate a certeza do AMOR entre os dois.
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho.
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois.

(Pe.Zezinho SCJ) Retirado da página do Facebook de Uma Mulher!

Elevador - Abuso Infantil

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Propague faz abordagem inédita em campanha contra violência infantil

Criança abusada não reclama

Vamos reclamar e denunciar por elas!

Suave Coisa Nenhuma - Meninos

Abuso e Exploração sexual de crianças e adolescentes


No dia 18 de maio de 1973, em Vitória-ES, a menina Araceli Santos foi seqüestrada, espancada, estuprada, drogada e assassinada numa orgia de drogas e sexo praticada por jovens da classe média. Seu corpo, que apareceu seis dias depois, foi desfigurado por ácido. Os agressores de Araceli ficaram impunes. Este fato divulgado pela mídia chocou toda a nação, ficando conhecido como "Caso Araceli".
Infelizmente, o "caso Araceli" foi apenas mais um, dentre tantos que acontecem em nosso dia-a-dia, manchando a sociedade brasileira, através desta cruel forma de violação de direitos e degradação da vida humana, especialmente da infância e adolescência. No Brasil, a problemática da violência sexual contra crianças e adolescentes tem se manifestado através do abuso intra e extra familiar e da exploração sexual comercial, tornando-se cada vez mais evidente.
Com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a sociedade para o enfrentamento dessa problemática, representantes de organizações governamentais e não-governamentais propuseram a criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Esse dia foi instituído em 2000, pela Lei Federal nº 9970/00. E, tendo sido esta Lei aprovada e sancionada, o movimento social em defesa dos direitos da criança e do adolescente, em conjunto com o governo federal, vem assumindo a organização de atividades e eventos de sensibilização e mobilização para promover esse dia como um marco de luta pelo fim da violência sexual contra crianças e adolescentes. Nesta trajetória, algumas conquistas já foram alcançadas, sendo o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes um forte exemplo destas conquistas. A implantação do referido Plano Nacional é uma realidade que vem sendo construída coletivamente com o governo e a sociedade civil, no âmbito dos estados e municípios.
Entretanto, ainda há muito por caminhar, e o "Dia Nacional de Luta contra a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes" deverá merecer um esforço de todos os atores protagônicos desta jornada, para que toda a sociedade brasileira possa despertar para o tema e tomar conhecimento das ações de enfrentamento, do ponto de vista político e operacional nos âmbitos local, nacional e internacional.
A violência sexual praticada contra criança e adolescente é uma violação dos Direitos Humanos, em especial do direito à vivência sadia da sexualidade. Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder, nas quais pessoas e/ou redes satisfazem seus desejos e fantasias sexuais e/ou tiram vantagens financeiras e lucram usando, para tais fins, as crianças adolescentes.
Especificamente na exploração sexual, a criança ou adolescente não é considerada sujeito de direitos, mas um ser despossuído de humanidade, de direitos e de proteção.  A exploração sexual de meninos e meninas ocorre geralmente na pornografia e prostituição.  Para o lucro da rede exploração sexual, crianças podem traficadas, ou seja, tornam-se mercadorias a serem utilizadas na pornografia e prostituição. 
As violações dos direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes não se restringem a uma relação entre vítima e autor. Essas violações ocorrem (e são provocadas) pela forma como a sociedade está organizada em cada localidade e globalmente. Podem ser destacadas, nesse aspecto, as atividades turísticas que não consideram os direitos de crianças e adolescentes, facilitando ações de exploração sexual. Também merecem relevo os grandes empreendimentos, que causam impactos significativos nos contextos locais e favorecem a entrada e a permanência de meninas e meninos na prática da prostituição.
O enfrentamento da violação de direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes pressupõe que todas as pessoas, desde que nascem, são seres sexuados e este universo do seu viver se expressa e é vivenciado diferentemente na diversas fases da vida humana. Na primeira infância, a criança começa a fazer as descobertas sexuais e a notar, por exemplo, diferenças anatômicas entre os sexos. Mais à frente, com a ocorrência da puberdade, a pessoa passa a vivenciar um momento especial da sexualidade, com emersão mais acentuada de desejos sexuais. Nessas fases iniciais do desenvolvimento da sexualidade (infância e adolescência), é fundamental a atenção e a proteção a partir do adulto. Nenhuma tentativa de responsabilizar a criança e o adolescente pela violação dos seus direitos pode ser admitida pela sociedade.
Aos adultos, além da sua responsabilidade legal de proteger e defender crianças e adolescentes cabe-lhes o papel pegagógico da orientação, acolhida e franqueza buscando superar tabus, preconceitos e oferecendo segurança para que possam reconhecer-se como pessoa em desenvolvimento, sujeitos e sujeitas em desenvolvimento. E, mais que tudo isso, que podem organizar-se e envolverem-se coletivamente no enfrentamento aos desrespeitos aos seus direitos sobretudo, promoção da cidadania que impõe ä sociedade a necessidade  de colocar crianças e adolescentes como prioridade absoluta.
Assim, pautar o 18 de Maio nas nossas agendas é demonstrar que todos – família, escola, sociedade civil, governos, instituições de atendimento, mídia – estamos convocados e comprometidos em fazer a nossa parte no enfrentamento da violência sexual e promover as condições para o desenvolvimento digno e feliz da sexualidade de crianças e adolescentes. 

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Maio..um mês de comemoração e lutas!


As atividades deste mês vão me deixar longe deste espaço cibernético. Além do dia das mães (que já passou e que nem pude postar nada por falta de tempo), terei um trabalhão e agenda cheia na semana de 18 de maio por conta de duas lutas : "a Luta Antimanicomial" e o "Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e a Exploração Sexual e crianças e adolescentes", ambas comemoradas no dia 18 de maio, mas que repercutem em eventos praticamente no mês todo. Estarei três dias na Conferência Distrital de Saúde Mental lutando justamente por CAPS I (infantil) para o atendimento das vítimas de violência. No dia 25 temos o dia Nacional das Pessoas Desaparecidas, que é para mim uma bandeira pessoal, muito mais que laboral. Minha dissertação de mestrado são sobre a reestruturação de famílias com um filho desaparecido e durante as entrevistas com as famílias fiquei muito comovida e fiz um compromisso pessoal com essa causa...vou  postando a medida que o tempo deixar assuntos pertinentes a esses três temas importantíssimos que permeiam o mês de maio.


sexta-feira, 30 de abril de 2010

O consumo e as crianças

Quando eu era criança, meu sonho era ter uma Barbie Noiva. Via minhas amigas ganhando Barbies  lindas, cheias de acessórios...e eu nada. Meus pais embora funcionários públicos, tinham o dinheiro contado: pra pagar água, luz, telefone, comida, escola particular, inglês, natação, remédios... a prioridade era sempre a educação. Livros e afins próprios para a pesquisa nunca faltavam em casa, mas luxos como bonecas da moda, sandálias da moda, patins... Era outra história. Pensava sempre no décimo terceiro e nas férias, um dinheiro extra que ia dar pra comprar aquela Barbie, aquela roupa, aquela sandália...ilusão...essa grana extra era sempre usada na reforma ou manutenção da casa, casa própria, em bairro de classe média e que nos dava extremo conforto.  Um dia minha Barbie chegou de presente de aniversário... e era a “Barbie Feliz Aniversário”, de vestido rosa esvoaçante, scarpan rosa choque e bolsinha da mesma cor. Que frustração! Onde estava a minha Barbie toda de branco, com um véu enorme, sapatinho de cristal e pronta pra cair fora da casa dos pais e viver a própria vida com um lindo marido? Hoje isso parece extremamente  prosaico ! De onde tirei que a única coisa que iria me realizar seria uma Barbie noiva? Lembro hoje que de fato nenhuma das minhas amigas tinha a Barbie Noiva, mas era a única que eu achava perfeita. E essa é só uma das coisas que desejei e não tive, só que não ter tido esses bens de consumo não me fez uma pessoa pior, menos inteligente ou menos sociável (tá bom admito que não sou muito sociável, mas é algo nato e nada tem a ver com a pobre Barbie). Comungo da idéia da urgência da infância... Postulado em diversos documentos legais e acadêmicos que dizem que crianças são seres plenos, em situação de desenvolvimento peculiar, complexas e pensantes. Tenho dos meninos, um deles que já deseja e consome determinados objetos. Também desejo e consumo determinados objetos, mas tendo fazê-lo de forma mais racional, dentro de meu orçamento e de prioridades. Meninos... Eles não querem Barbies, Polies ou Happy Moms, mas nem por isso deixam de ser consumistas, motivados a maior parte das vezes pela mídia que os trata como seres manipuláveis e manipuladores, que serão poderosa ferramenta de convencimento de compra aos adultos. Já notou que nas propagandas dirigidas às crianças utilizam sempre verbos imperativos? Compre, Use, Peça...elas os convencem verdadeiramente que para fazerem parte da sociedade e serem aceitos pelos grupos ao qual fazem parte devem Ter e não SER. Sofri com isso e não pretendo permitir que meus filhos sofram! Não vou fazer das tripas coração no intuito de adquirir produtos sem valor ético para vida de meus filhos para que eles façam parte dessa sociedade perversa! Meus pais tinham razão...a prioridade é educação, mas também é lazer, é cultura, é vínculo, é laço afetivo e troca e nada disso está disponível no mercado e nem é mostrado em propagandas. Me vejo em uma missão ética, uma vez que sou geradora e criadora de homens, de torná-los Homens, com valores, com história e preparados para as mudanças sociais, de gênero, políticas, ecológicas e todas as outras que estão por vir. Quero que meus filhos possam lidar com as diferenças de maneira natural e que não tenham pré-conceitos  a respeito destas diferenças. Não os quero reféns de consumo, mas porta-vozes de maneiras melhores de se viver. Tenho investido agora em livros, em conversas, em jogos de tabuleiros, jogos eletrônicos (não há como fugir disso, até eu gosto!), churrascos no domingo, piscina inflável em casa, passeio na casa dos avós, zoológico, parques, filmes e férias em família. Todo o tipo de convivência social, comunitária e familiar é minha prioridade nessa jornada de educação e exercício de maternidade.  Maternidade cheia de erros e defeitos, exatamente como um ser humano deve ser.  A perfeição não existe e nem deve ser tentada quando se trata de filhos. Não somos perfeitos e nem eles. Olha que minha aprendizagem sobre a não perfeição tem sido um aprendizado à fórceps! Sou altamente exigente comigo mesma e tenho exigido mais do que deveria dos que convivem comigo! Essa foi minha reflexão de hoje! Qual foi a sua?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Já em ritmo de dia das mães!

Compartilho texto postado por uma amiga em uma das comunidades de mães que participo. É no mínimo reflexivo, em especial para mulheres multifacetadas como eu e você!
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas..
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Martha Medeiros - Jornalista e escritora.
Leda Atômica by Dali

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Salve Jorge!

Dia de São Jorge


Diz a lenda que Jorge, guerreiro vindo da Capadócia, Turquia, teria salvo uma princesa das garras de um terrível dragão. Jorge, com sua espada, domou o dragão, que a princesa conduziu de volta a seu povoado como um manso cordeirinho. O misterioso cavaleiro disse ter vindo em nome de Cristo e que todos deveriam se converter. Por fim, o glorioso mártir foi condenado à morte por ter renegado os deuses do império. Durante seu martírio, Jorge mostrou-se tão inflexível que a própria mulher do imperador Diocleciano converteu-se ao cristianismo. Embora Jorge não seja mais considerado santo pela Igreja católica, seu culto é autorizado pela tradição. São Jorge é patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia e Lituânia.
(fonte: SGARBOSSA, Mario e GIOVANNINI, Luigi - Um santo para cada dia, São Paulo: Paulus, 1983, 9ª ed.)



Oração a São Jorge
        Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos tendo pés, não me alcancem; tendo mãos, não me peguem; tendo olhos não me vejam e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus com sua Divina Misericórdia e grande poder seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
(Tradição popular)